terça-feira, 9 de agosto de 2016

Aquilo que a morte separa, o sonho reúne

Hoje eu vou dormir sentindo seu cheiro
Que é pra aliviar esse desespero
De não te ter aqui comigo

Hoje vou me afundar em seu travesseiro
Rogando que esse aperto seja passageiro
Sufocando em mim um grito

Hoje tua lembrança vai enxugar meu pranto
Curar a ferida que machuca tanto
Trazer a paz que eu tinha esquecido

Se eu não posso te ter em pessoa
Posto que a morte é ingrata e não perdoa
E teu coração se encontra falecido,

Vou reconstruir-te em meu sonho
"Encontre-me nele", eu proponho
E em teu cheiro me entrego, adormecido